A escritora Jessica Cardin lança, em parceria Edith e Quelônio, o livro Para onde atrai o azul, sábado, 3 de setembro, a partir das 16h, na Livraria da Tarde (R. Cônego Eugênio Leite, 956 – Pinheiros, São Paulo). A obra já está à venda, com desconto – de R$54,00 por R$43,30 – no site da Quelônio (clique aqui). O livro tem texto de orelha de Mariana Salomão Carrara e capa de Sílvia Nastari, com aquarelas de Adriana Bento.
SOBRE A OBRA
Para onde atrai o azul é um romance sobre as contradições dos relacionamentos amorosos e dos laços familiares. Narrado de forma lírica, o livro de estreia de Jessica Cardin descreve a paixão entre um professor de literatura, Heitor, e sua aluna Heloise, e como a relação avança para armadilhas psicológicas, intelectuais e emocionais. A protagonista e narradora descobre que o impulso amoroso, o comportamento autodestrutivo e o sentimento de inadequação são frente e verso da página de um mesmo livro.
Heloise, vinte e cinco anos, se apaixona por Heitor, um professor de literatura que seduz a aluna – e se deixa seduzir por ela. A paixão caminha para um enlace amoroso, mas a personagem feminina se descobre sufocada pela vaidade e pela opressão afetiva.
A admiração intelectual, a afeição e a identificação entre dois personagens que se encantam, tudo vai aos poucos dando lugar a uma relação turbulenta. Os personagens se conhecem em uma palestra do professor e a identificação e atração entre os dois é imediata.
Denso e experimental, estruturado em capítulos fragmentados, o romance narra acontecimentos violentos de forma lírica. A história é dividida em duas partes, “Mãe” e “Fabíola” – melhor amiga de Heloise. É o relato da protagonista sobre seu relacionamento, endereçado a essas duas figuras femininas, que serve de fio condutor para a personagem reflitir sobre temáticas como abuso, beleza e ideação suicida.
O estilo narrativo da autora impressiona por seus recursos incomuns, desempenhados com desenvoltura, sem que atrapalhem o fluxo narrativo. Cardin inova no uso do diálogo e nas quebras de frases da narradora, utilizando barras oblíquas que ampliam e combinam os sentidos das ideias, imprimindo ao relato um ritmo poético e de articulação lírica. Nos diálogos, por sua vez, as falas da protagonista aparecem com destaque menor, em letras minúsculas, ao passo que as falas de Heitor soam imponentes.