Ste Gola, do Ó do Borogodó, recebe o Prêmio Donizete Galvão 2022 pela Balada Literária

Ste Gola, do Ó do Borogodó, recebe o Prêmio Donizete Galvão 2022 pela Balada Literária

Ste Gola na fachada do Ó do Borogodó

Criado em 2014 pelo escritor e organizador da Balada Literária, Marcelino Freire, o Prêmio Donizete Galvão tem como intuito eternizar a memória do poeta e jornalista que faleceu no mesmo ano, assim como valorizar as atividades de artistas que fazem da cultura o trabalho essencial para a sociedade. Em 2022, cuja edição homenageou o Samba, a Balada Literária concedeu o prêmio para Ste Gola, administradora da casa musical Ó do Borogodó, em São Paulo, que desde 2001 abriga os mais importantes nomes do Samba, do Choro e dos ritmos brasileiros.

Ana Tereza Marques Souza, mulher de Donizete Galvão, que sempre participou do momento da premiação na Balada Literária, comentou sobre a honraria e homenagem a seu companheiro: “Depois do falecimento do Doni, no dia 30 de janeiro de 2014, o Marcelino [Freire] começou um lindo trabalho de divulgação com o troféu Donizete Galvão. Infelizmente, Doni nos deixou cedo, com 58 anos de idade, e ele era muito de agregar, trazer pessoas para o grupo, por isso o Marcelino colocou esse prêmio simbólico, que é um abridor de garrafas. Doni realiza encontros, uma vez por mês, geralmente aos sábados, e foi batizado pelo Tarso de Melo, outro poeta amigo, de SabaDoni, começava na hora do almoço e virava a noite. Ali se tomava muita cerveja, falava de poesia, era um momento onde se reuniam vários escritores, artistas plásticos e pessoas do meio literário do Brasil e de outros países”.

DONIZETE GALVÃO

Nasceu em Borda da Mata, pequena cidade do sul de Minas Gerais, 1955. Em 1979, mudou-se para São Paulo, onde se formou em Jornalismo. Trabalhou muitos anos como jornalista e publicitário. Tem sete livros de poesia publicados: “Azul navalha” (1988), que lhe rendeu o prêmio de autor revelação da Associação Paulista de Críticos de Arte, “As faces do rio” (1991), “Do silêncio da pedra (1996), “A carne e o tempo” (1997), “Ruminações” (1991), “Mundo mudo” (2003) e “O homem inacabado” (2010), que foi finalista do Prêmio Portugal Telecom e ganhou o Prêmio Brasília de Literatura (2º lugar). Publicou ainda “Pelo corpo” (2002), em parceria com o escritor Ronald Polito, “O sapo apaixonado” (2007) e “Mania de bicho” (2009), dedicados às crianças, e “Escoiceados” (2014). Faleceu em São Paulo, em janeiro de 2014.

Donizete Galvão

Deixe um comentário