Com o tema “O beijo que vós me nordestes”, verso da música ‘Béradêro’ de Chico César, a Balada Literária do ano que vem terá um trio de homenageados: Maria Vilani, educadora, filósofa e poeta cearense; Rosane Borges, jornalista, escritora, professora e pensadora maranhense; Chico César, cantor, compositor, ativista, poeta e jornalista paraibano.
Para Marcelino Freire, escritor e um dos curadores, “a Balada Literária vai falar sobre migrações, sobre territórios e ciganias. Vamos reverenciar essas pessoas que constroem o Brasil em vários cantos (Nordestes) deste país.
Freire, pernambucano radicado em São Paulo há 31 anos, também anunciou que a próxima dição acontecerá em todas as nove capitais nordestinas, finalizando sua décima oitava edição em São Paulo: “e vamos falar de beijo idem. Tem lugar mais amoroso do que nosso Nordeste? Enquanto São Paulo dá um beijo só, a gente distribui afeto”.
BALADA LITERÁRIA
A Balada Literária nasceu em 2006. Foi durante uma edição da Festa Literária Internacional de Paraty que Marcelino Freire resolveu fazer a própria festa, tomando como inspiração e referência a Vila Madalena, em São Paulo, bairro em que ele reside há quase três décadas. Mobilizou livreiros, donos de bar, donos de sebo, escritores e escritoras e fez uma primeira edição modesta, sempre reunindo autores de todos os gêneros sexuais e literários, nacionais e internacionais. Virou essa a cara do evento: a cara da diversidade. A Balada já acontece também em Teresina (desde 2017) e em Salvador (desde 2015). Já passaram pela Balada, entre outros, Adélia Prado, Adriana Calcanhotto, Amara Moira, Ana Maria Gonçalves, Antônio Cândido, Áurea Martins, Binho, Caetano Veloso, Chico César, Conceição Evaristo, Emicida, Gog, João Ubaldo Ribeiro, José Luandino Vieira, Lygia Fagundes Telles, Mia Couto, Ondjaki, Phedra de Córdoba, Rogéria, Sérgio Vaz, Ney Matogrosso, Valter Hugo Mãe, Wagner Moura e Tom Zé.