Durante a programação da Balada Literária de agosto, Marcelino Freire, criador e curador do evento, apresentou a curadoria convidada de 2021: o coletivo de incentivo à leitura Mulheres Negras na Biblioteca. Carine Souza e Juliane Sousa, que fazem parte do coletivo – juntamente de Camila Araújo e Mariane Santos – conversaram e anunciaram uma parte das atrações artísticas da 15ª edição, que acontecerá de 17 a 21 de novembro, em formato híbrido.
Mulheres Negras na Biblioteca é um projeto de incentivo à leitura de obras de escritoras negras, idealizado e organizado por profissionais de Biblioteconomia e Letras, que se dedicam a promover atividades culturais a fim de contribuir para a formação e aumento do público leitor de livros de autoria de mulheres negras, com o objetivo de tornar notável a importância da inclusão dessas obras nos acervos das bibliotecas.
A Balada Literária nasceu em 2006. Foi durante uma edição da Festa Literária Internacional de Paraty que Marcelino Freire resolveu fazer a própria festa, tomando como inspiração e referência a Vila Madalena, em São Paulo, bairro em que ele reside há quase três décadas. Mobilizou livreiros, donos de bar, donos de sebo, escritores e escritoras e fez uma primeira edição modesta, sempre reunindo autores de todos os gêneros sexuais e literários, nacionais e internacionais. Virou essa a cara do evento: a cara da diversidade. A Balada já acontece também em Teresina (desde 2017) e em Salvador (desde 2015). Veja abaixo a lista dos homenageados e homenageadas do evento nessas suas quinze edições.
2006 – Glauco Mattoso
2007 – Roberto Piva
2008 – Tatiana Belinky
2009 – João Silvério Trevisan
2010 – Lygia Fagundes Telles
2011 – Augusto de Campos
2012 – Raduan Nassar
2013 – Laerte
2014 – Carolina Maria de Jesus e Plínio Marcos
2015 – Suzana Amaral
2016 – Caio Fernando Abreu
2017 – Torquato Neto
2018 – Alice Ruiz e Itamar Assumpção
2019 – Paulo Freire
2020 – Geni Guimarães (Balada Literária Virtual)
2021 – Eliane Potiguara e Geni Guimarães (formato híbrido)