Grupo Clariô de Teatro é presença confirmada na Balada Literária 2022, que apresentará o espetáculo “Urubu Come Carniça e Voa”, em homenagem ao poeta Miró da Muribeca.
O GRUPO CLARIÔ DE TEATRO é um coletivo de arte resistente que busca, através da cena e da troca com outros coletivos, discutir a arte produzida PELA periferia, NA periferia e PARA a periferia. É um grupo marcado pela teimosia, que desde 2002 segue com o objetivo de produzir e pensar o teatro e música nas bordas da metrópole. Seu trabalho se concentra em Taboão da Serra, cidade/dormitório, periferia da região metropolitana do Estado de São Paulo, onde se localiza o Espaço Clariô, sede mantida pelo grupo desde 2005, local de formação e produção de pensamento junto à comunidade. E hoje, pólo cultural de referência na região. Suas montagens tentam traduzir e questionar as inquietações políticas e artísticas do coletivo, que mescladas a sua condição, precária, propõem um caminho de estética própria, típica da periferia. Os últimos espetáculos de teatro “Hospital da Gente”, de Marcelino Freire e “Urubu Come Carniça e Vôa!” de Miró da Muribeca, ambos premiados, tratam exatamente da condição das mulheres (H.G) e homens (U.C.C.V.) das periferias do Brasil de hoje. População pobre, negra, marginalizada, são contadas e cantadas (como é o caso do projeto musical CLARIANAS) pelo grupo, com elementos populares, de aproximação e contato com publico.
Em sua décima sétima edição, a Balada Literária acontecerá, de forma presencial, em São Paulo (10, 13, 14 e 15 de novembro), Teresina (11 de novembro), Salvador (12 de novembro) e pela primeira vez no Rio de Janeiro (20 de novembro) e Recife (2, 3 e 4 de dezembro).
Toda a programação, presencial, em breve no site: www.baladaliteraria.com.br. A Balada Literária tem o apoio do Itaú Cultural.
BALADA LITERÁRIA
A Balada Literária nasceu em 2006. Foi durante uma edição da Festa Literária Internacional de Paraty que Marcelino Freire resolveu fazer a própria festa, tomando como inspiração e referência a Vila Madalena, em São Paulo, bairro em que ele reside há quase três décadas. Mobilizou livreiros, donos de bar, donos de sebo, escritores e escritoras e fez uma primeira edição modesta, sempre reunindo autores de todos os gêneros sexuais e literários, nacionais e internacionais. Virou essa a cara do evento: a cara da diversidade. A Balada já acontece também em Teresina (desde 2017) e em Salvador (desde 2015). Já passaram pela Balada, entre outros, Adélia Prado, Adriana Calcanhotto, Amara Moira, Ana Maria Gonçalves, Antônio Cândido, Áurea Martins, Binho, Caetano Veloso, Chico César, Conceição Evaristo, Emicida, Gog, João Ubaldo Ribeiro, José Luandino Vieira, Lygia Fagundes Telles, Mia Couto, Ondjaki, Phedra de Córdoba, Rogéria, Sérgio Vaz, Ney Matogrosso, Valter Hugo Mãe, Wagner Moura e Tom Zé.