Histórias do Samba: Canção “Pelo Telefone”

Histórias do Samba: Canção “Pelo Telefone”

A série ‘Histórias do Samba’ foi criada para celebrar o grande homenageado da XVIII edição.

Confira a história da canção “Pelo Telefone”

Pelo Telefone é considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil, a partir dos registros existentes na Biblioteca Nacional, embora existam gravações de samba anteriores como Samba – Em Casa da Bahiana e Urubu Malandro.

A canção foi composta em 1916, no quintal da casa da Tia Ciata, na Praça Onze. A melodia, originalmente, intitulava-se Roceiro e foi uma criação coletiva, com participação de João da Baiana, Pixinguinha, Caninha, Hilário Jovino Ferreira, Sinhô, entre outros.

Sobre a paternidade da música, Donga a registrou antes, justificando a ação com a máxima atribuída a Sinhô: “música é como passarinho, de quem pegar primeiro”.

A letra original da canção, que era:

“O chefe da folia/ Pelo telefone / Mandou me avisar / Que com alegria / Não se questione / Para se brincar”

Foi alterada para a versão mais conhecida hoje em dia:

“O Chefe da Polícia / Pelo telefone/ Manda me avisar/ Que na Carioca / Tem uma roleta/ Para se jogar”

Segundo depoimento de Donga para o Museu da Imagem e do som (MIS): “O Chefe da Polícia foi uma paródia feita pelos jornalistas de A Noite”. Repórteres do jornal tinham, em 1913, posto uma roleta no Largo da Carioca, para demonstrar a tolerância da polícia com o jogo.

BALADA LITERÁRIA 2022

Em sua décima sétima edição, a Balada Literária realiza uma homenagem ao Samba, importante gênero musical nacional.

Tendo como curadora convidada a cantora e poeta Fabiana Cozza, o evento neste ano acontecerá, após duas edições virtuais, de forma presencial, em cinco capitais: São Paulo (10, 13, 14 e 15 de novembro), Teresina (11 de novembro), Salvador (12 de novembro) e pela primeira vez no Rio de Janeiro (uma mesa no dia 20 de novembro) e Recife (2, 3 e 4 de dezembro).

Toda a programação no site www.baladaliteraria.com.br. A Balada Literária tem o apoio do Itaú Cultural e parceria com o SESC, Ó do Borogodó, Escola de Choro de São Paulo, Casa de Cultura Os Capoeira e Ria Livraria.

BALADA LITERÁRIA

A Balada Literária nasceu em 2006. Foi durante uma edição da Festa Literária Internacional de Paraty que Marcelino Freire resolveu fazer a própria festa, tomando como inspiração e referência a Vila Madalena, em São Paulo, bairro em que ele reside há quase três décadas. Mobilizou livreiros, donos de bar, donos de sebo, escritores e escritoras e fez uma primeira edição modesta, sempre reunindo autores de todos os gêneros sexuais e literários, nacionais e internacionais. Virou essa a cara do evento: a cara da diversidade. A Balada já acontece também em Teresina (desde 2017) e em Salvador (desde 2015). Já passaram pela Balada, entre outros, Adélia Prado, Adriana Calcanhotto, Amara Moira, Ana Maria Gonçalves, Antônio Cândido, Áurea Martins, Binho, Caetano Veloso, Chico César, Conceição Evaristo, Emicida, Gog, João Ubaldo Ribeiro, José Luandino Vieira, Lygia Fagundes Telles, Mia Couto, Ondjaki, Phedra de Córdoba, Rogéria, Sérgio Vaz, Ney Matogrosso, Valter Hugo Mãe, Wagner Moura e Tom Zé.

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