OFICINA – Escrever é Estar Vivo: Introdução à escrita criativa (conto e romance), com Itamar Vieira Junior – TURMA 2023
R$1350,00
A Balada Literária promove a oficina Escrever é Estar Vivo: Introdução à escrita criativa (conto e romance), com o premiado escritor Itamar Vieira Junior. Serão oito encontros, via plataforma Zoom, nos dias 6, 13, 16, 20, 23, 27, 30 de março, e 3 de abril, das 19h30 às 21h30. Vagas são limitadas. O valor da oficina será de R$1350,00 podendo ser parcelado em 3x no cartão de crédito. Outras formas de pagamento são boleto bancário, pix e débito. As gravações das aulas estarão disponíveis para as pessoas inscritas (caso perca o encontro ao vivo).
AS FORMAS DE PAGAMENTO:
À vista pelo Pix – R$ 1.350,00
À vista no boleto bancário – R$1.350,00
À vista no cartão de crédito (1X R$1.350,00)
Em 2 parcelas no cartão de crédito (2x de R$ 675,00)
Em 3 parcelas no cartão de crédito (3X de R$ 450,00)
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Description
A Balada Literária promove a oficina Escrever é Estar Vivo: Introdução à escrita criativa (conto e romance), com o premiado escritor Itamar Vieira Junior. Serão oito encontros, via plataforma Zoom, nos dias 6, 13, 16, 20, 23, 27, 30 de março, e 3 de abril, das 19h30 às 21h30. Vagas são limitadas. O valor da oficina será de R$1350,00 podendo ser parcelado em 3x no cartão de crédito. Outras formas de pagamento são boleto bancário, pix e débito. As gravações das aulas estarão disponíveis para as pessoas inscritas (caso perca o encontro ao vivo).
A OFICINA
Escrever é uma arte e toda arte reflete a experiência de estar vivo. Assim, a narrativa literária também pode ser compreendida como uma maneira de recriar o mundo. Este é o mote da oficina ESCREVER É ESTAR VIVO: INTRODUÇÃO À ESCRITA CRIATIVA (CONTO E ROMANCE) voltada para o desenvolvimento do seu projeto literário. Desde a ideia inicial, passando pela leitura atenta de obras contemporâneas consagradas até a prática da escrita, vamos discutir temas como trama, personagens, estilo e revisão.
Ao longo da história, a antropologia tem se mostrado uma grande fonte de inspiração para a arte literária, nos permitindo conhecer e viver as mais diferentes vidas. Inspirado pelos escritos do antropólogo Tim Ingold nos livros “Estar vivo – ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição” e “Antropologia – para que serve?”, o presente curso propõe uma releitura dos principais elementos da narrativa literária sob a perspectiva humanista de seu pensamento, onde a vida se apresenta como uma trama imprevisível. Qual o significado de escrever? O que nos mobiliza a fazê-lo? Podemos compreender um personagem como um devir humano, já que ele se faz e refaz a cada ato e engajamento? O ambiente onde se desenrola a narrativa é apenas um palco ou um personagem prenhe de vontade? Poderíamos compreender a trama como um fluxo chamado linhas de vida? A presente oficina tem como proposta apresentar uma experiência inédita sobre o fazer literário a partir de nossa própria ação no mundo.
Escrever é estar vivo – O começo
Neste tópico será discutido a mobilização da escrita tomando como premissa que estar vivo é peregrinar por linhas de vida. A vida, segundo Ingold, é um movimento em direção ao desfecho final: um preenchimento gradual de capacidades e esgotamento de possibilidades. Podemos compreendê-la a partir de suas quatro fases: produção, história, habitar e linhas de vida. Por analogia, já que a narrativa literária nada mais é que a recriação do mundo, podemos a partir desses conceitos refletir os seus homólogos: criação, personagens, ambiente e trama.
Personagens: a chama de uma história
Ao repactuar uma nova compreensão sobre a Antropologia, Ingold a propõe como um estudo dos devires humanos conforme desdobrando-se dentro da trama do mundo. Por que devires e não seres humanos? Os sujeitos não são nem sujeitos nem objetos, nem sujeitos-objetos, mas “verbos”. Como “devires”, e não seres, os humanos estão “humanando”, correspondendo-se em reciprocidade. Da mesma forma o personagem não é, ou seja, não está dado absolutamente, mas torna-se ao longo da narrativa. Como devir humano, o personagem torna-se e produz a si e aos coletivos.
A trama e as formas de narrar
A inscrição do tempo, da história, e a percepção do habitar se dão em um fluxo permanente. Esse fluxo, por sua vez, é uma linha. O que estamos acostumados a nomear ambiente pode “ser melhor vislumbrado como um domínio de emaranhamento”. Esse emaranhado é o relevo do mundo e como nas ontologias anímicas, o mundo não é ocupado, mas habitado em um ato contínuo de emaranhar-se e desemaranhar-se, tocando caminhos (linhas) de vida. O mundo não é uma superfície inerte sobre a qual os seres vivos movem-se, ou ainda um mundo preenchido com significado ou agência, como um corpo oco que necessita de uma força que esteja além dele mesmo para que viva. Da mesma forma que os seres não são apenas entidades moventes, ao invés de caminhantes através de um mundo que também se move.
A criação
Como reconhecer as cinco disciplinas primordiais de um escritor: imaginação, observação, lembrança/recordação, leitura e escrita.
Escrever e reescrever
Todo escritor tem de aprender a escrever o livro que está escrevendo, e o professor é sempre o próprio livro. A escrita se torna boa por acréscimo. Constrói-se sobre si mesma; apanha suas próprias pistas, segue suas próprias sugestões. Neste tópico vamos conversar sobre a revisão de um texto e a importância da reescrita.
ITAMAR VIEIRA JUNIOR
Nasceu em Salvador (BA), em 1979. É geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela UFBA. Seu romance TORTO ARADO, publicado pela Todavia em 2019, venceu o Prêmio Leya, recebeu os prêmios Oceanos e Jabuti e está sendo traduzido para uma dezena de idiomas.
Additional information
PERÍODO | Oito encontros: dias 6, 13, 16, 20, 23, 27, 30 de março, e 3 de abril. |
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HORÁRIO | Das 19h30 às 21h30. |
LOCAL DE ENCONTRO | Plataforma Zoom (link enviado semanalmente por e-mail) |
VALOR E FORMAS DE PAGAMENTO | R$ 1350,00 Formas de pagamento: |
INFORMAÇÕES | |
MATERIAL | Gravações disponíveis para o pessoal inscrito |