Poeta e cantora Fabiana Cozza é anunciada na curadoria da Balada Literária 2022

Poeta e cantora Fabiana Cozza é anunciada na curadoria da Balada Literária 2022

Em sua décima sétima edição, a Balada Literária homenageia o Samba e acontecerá, de forma presencial, em São Paulo, Teresina, Salvador e pela primeira vez no Rio de Janeiro e Recife

A Balada Literária anuncia que a cantora e poeta Fabiana Cozza será a curadora da edição de 2022 do evento, tendo como homenageado o Samba. Em sua décima sétima edição, a Balada Literária acontecerá, de forma presencial, em São Paulo (10, 13, 14 e 15 de novembro), Teresina (11 de novembro), Salvador (12 de novembro) e pela primeira vez no Rio de Janeiro (19 de novembro) e Recife (2, 3 e 4 de dezembro). Toda a programação, gratuita e presencial, em breve no site: www.baladaliteraria.com.br. A Balada Literária tem o apoio do Itaú Cultural.

FABIANA COZZA

Fabiana Cozza (1976) é paulistana, cantora e jornalista. Considera o Colégio Equipe a janela que conduziu sua formação humanista e profissional. Graduou-se em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e exerceu o Jornalismo durante oito anos, em diferentes mídias.

Deixou o Jornalismo aos 24 anos para assumir sua carreira artística de intérprete que passa também pelo teatro e a dança. Trabalhou nos musicais Os Lusíadas com direção de Iacov Hillel e Magda Pucci; A luta secreta de Maria da Encarnação, última peça escrita por Gianfrancesco Guarnieri com direção musical de Renato Teixeira e Nathan Marques; O Canto da Guerreira – 20 anos sem Clara Nunes; Ary Barroso; Rainha Quelé – uma homenagem a Clementina de Jesus, com direção de Heron Coelho. Foi dirigida pelo ator e diretor Gero Camilo em Razão Social (2016), por Luiz Fernando Lobo no musical Canto Negro (2019). Desde 2015 tem seus projetos pessoais dirigidos pelo ator Elias Andreato, dentre eles: Ay, Amor! (Canto teatral para Bola de Nieve – desde 2015) e Canto da noite na boca do vento (canções de Ivone Lara e parceiros – 2019).

Estudou danças brasileiras com Tião Carvalho e Renata Lima. Aprendeu também observando brincantes dos terreiros e festas populares, das quais participou de Norte a Sul do Brasil. Trabalhou dança contemporânea e consciência do movimento com o mineiro Jorge Balbyns, discípulo de Klaus Vianna; Ismael Toledo; Irineu Nogueira – que a dirigiu em Quando o céu clarear (2008), passando também pelo bailarino e coreógrafo JC Violla que fez a direção de movimento de Canto Sagrado, em homenagem a Clara Nunes (2013).

Estudou canto popular, teoria musical e prática de conjunto na Universidade Livre de Música Tom Jobim (atual Emesp) por quatro anos. Seguiu seu trabalho técnico com os professores: Sira Milani, Maúde Salazar, Vânia Pajares, Felipe Abreu, Davide Rocca. Atualmente é orientada pela professora do Pantheatre, de Paris, Linda Wise.

Fabiana Cozza (crédito: José de Holanda)

Tem sido anunciada por críticos e público como uma intérprete de destaque na música brasileira contemporânea. Canto da noite na boca do vento (gravadora Biscoito Fino) é o seu sétimo CD gravado, lançado em 2019. Em setembro de 2020 chegou Dos Santos, oitavo trabalho, independente, um trabalho de defesa – musical, política, cidadã – destaque de cultura matricial, lugar de berço, do muito produzido e estruturado no Brasil. Faz sua estreia como compositora ao lado de Ceumar, na canção Manhã de Obá.

Em 2017, publicou seu primeiro livro de poemas, Álbum Duplo, pela editora Pedra Papel Tesoura.

Venceu duas edições do Prêmio da Música Brasileira: Melhor Cantora de Samba (2012); Melhor Álbum em Língua Estrangeira, por Ay, Amor! (2018). Entre as colaborações internacionais, destacam-se: turnê com o saxofonista japonês Sadao Watanabe (2008, 2010 e 2014); concerto com a orquestra alemã HR Big Band (2011); gravação com o artista Mú Mbana (Guiné Bissau, 2015/2020); projeto Conexão Brasil-Cuba com cantora cubana Omara Portuondo (2018). Fabiana tem levado a música brasileira a festivais em Israel, Alemanha, França, Canadá, EUA, Bulgária, Chile, Espanha, Portugal, Suécia, Cuba, Moçambique, Cabo Verde.

A artista tem produzido seus projetos com parceiros e sido convidada a participar de mesas, workshops, simpósios e projetos sobre voz, interpretação, cultura afro-brasileira, empreendedorismo negro, curadoria (foi curadora artística da Ocupação Cartola – Itaú Cultural 2016). Como extensão de seu trabalho, desenvolve estudos e orientação para cantores, atores e pessoas interessadas em revelar sua expressão artística através de sua voz.

Ministra a oficina O Corpo da voz para profissionais que utilizam a voz como instrumento de trabalho. Fabiana é doutoranda no programa de pós-graduação em música no instituto de artes da Unicamp (Universidade de Campinas).

BALADA LITERÁRIA

A Balada Literária nasceu em 2006. Foi durante uma edição da Festa Literária Internacional de Paraty que Marcelino Freire resolveu fazer a própria festa, tomando como inspiração e referência a Vila Madalena, em São Paulo, bairro em que ele reside há quase três décadas. Mobilizou livreiros, donos de bar, donos de sebo, escritores e escritoras e fez uma primeira edição modesta, sempre reunindo autores de todos os gêneros sexuais e literários, nacionais e internacionais. Virou essa a cara do evento: a cara da diversidade. A Balada já acontece também em Teresina (desde 2017) e em Salvador (desde 2015). Já passaram pela Balada, entre outros, Adélia Prado, Adriana Calcanhotto, Amara Moira, Ana Maria Gonçalves, Antônio Cândido, Áurea Martins, Binho, Caetano Veloso, Chico César, Conceição Evaristo, Emicida, Gog, João Ubaldo Ribeiro, José Luandino Vieira, Lygia Fagundes Telles, Mia Couto, Ondjaki, Phedra de Córdoba, Rogéria, Sérgio Vaz, Ney Matogrosso, Valter Hugo Mãe, Wagner Moura e Tom Zé.

Veja abaixo a lista dos homenageados e homenageadas do evento nessas suas dezesseis edições.

2006 – Glauco Mattoso

2007 – Roberto Piva

2008 – Tatiana Belinky

2009 – João Silvério Trevisan

2010 – Lygia Fagundes Telles

2011 – Augusto de Campos

2012 – Raduan Nassar

2013 – Laerte

2014 – Carolina Maria de Jesus e Plínio Marcos

2015 – Suzana Amaral

2016 – Caio Fernando Abreu

2017 – Torquato Neto

2018 – Alice Ruiz e Itamar Assumpção

2019 – Paulo Freire

2020 – Geni Guimarães (Balada Literária Virtual)

2021 – Eliane Potiguara e Geni Guimarães (Balada Literária Virtual)

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