A série ‘Histórias do Samba’ foi criada para celebrar o grande homenageado da XVIII edição.
Confira a história do G.R.A.N.E.S. Quilombo.
Em 1975, preocupado com os rumos do carnaval e das escolas de samba que estavam se tornando cada vez mais glamourosas e mercadológicas, o cantor e compositor Candeia (Antônio Candeia Filho), um dos mais importantes compositores da Portela, fundou o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, o G.R.A.N.E.S Quilombo.
Reunindo importantes sambistas como Paulinho da Viola, Nei Lopes e Wilson Moreira em sua casa, na Taquara, Candeia deu o pontapé inicial ao Grêmio Recreativo. Era uma escola de samba e da arte negra, um quilombo de resistência e preservação da tradição, mas também uma escola de formação cidadã sobre a história do povo afro-brasileiro.
Depois das reuniões na casa de Candeia, a primeira sede da escola foi em Rocha Miranda, em 1975. No ano seguinte, a sede foi transferida para o Esporte Clube Vega, em Coelho Neto. Desfilando pelas ruas do subúrbio, a escola chegou a encerrar os desfiles das campeãs de 1978, com o memorável enredo “Ao Povo em Forma de Arte”, de Nei Lopes e Wilson Moreira. Com a morte de Candeia, no fim de 1978, o Clube Vega encerrou o contrato, e a escola ficou sem sede. Após o desfile de 1979, a escola passou por um período de dificuldades e, sem desfilar, voltou a ter uma sede somente na década de 1980.
Hoje o G.R.A.N.E.S Quilombo tem como presidente Selma Candeia, filha do mestre Candeia. A sede – na rua Ouseley 810, Acari – é espaço para atividades culturais e rodas de samba, mas a escola já não realiza desfiles pelos bairros.
BALADA LITERÁRIA 2022
Em sua décima sétima edição, a Balada Literária realiza uma homenagem ao Samba, importante gênero musical nacional.
Tendo como curadora convidada a cantora e poeta Fabiana Cozza, o evento neste ano acontecerá, após duas edições virtuais, de forma presencial, em cinco capitais: São Paulo (10, 13, 14 e 15 de novembro), Teresina (11 de novembro), Salvador (12 de novembro) e pela primeira vez no Rio de Janeiro (uma mesa no dia 20 de novembro) e Recife (2, 3 e 4 de dezembro).
Toda a programação no site www.baladaliteraria.com.br. A Balada Literária tem o apoio do Itaú Cultural e parceria com o SESC, Ó do Borogodó, Escola de Choro de São Paulo, Casa de Cultura Os Capoeira e Ria Livraria.
BALADA LITERÁRIA
A Balada Literária nasceu em 2006. Foi durante uma edição da Festa Literária Internacional de Paraty que Marcelino Freire resolveu fazer a própria festa, tomando como inspiração e referência a Vila Madalena, em São Paulo, bairro em que ele reside há quase três décadas. Mobilizou livreiros, donos de bar, donos de sebo, escritores e escritoras e fez uma primeira edição modesta, sempre reunindo autores de todos os gêneros sexuais e literários, nacionais e internacionais. Virou essa a cara do evento: a cara da diversidade. A Balada já acontece também em Teresina (desde 2017) e em Salvador (desde 2015). Já passaram pela Balada, entre outros, Adélia Prado, Adriana Calcanhotto, Amara Moira, Ana Maria Gonçalves, Antônio Cândido, Áurea Martins, Binho, Caetano Veloso, Chico César, Conceição Evaristo, Emicida, Gog, João Ubaldo Ribeiro, José Luandino Vieira, Lygia Fagundes Telles, Mia Couto, Ondjaki, Phedra de Córdoba, Rogéria, Sérgio Vaz, Ney Matogrosso, Valter Hugo Mãe, Wagner Moura e Tom Zé.